quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Spirolina, a micro alga que vai mudar a sua vida



Trata-se de um organismo unicelular e fotoautótrofo que se agrupa formando tricomas ou formas filamentosas. Na Espanha, a spirolina habita de forma selvagem o parque nacional de Doñana, cuja população é dominante nos primeiros meses de Verão. Substituindo algas clorófitas como parte do fitoplâncton.
O emprego desta alga na alimentação não é algo novo, visto que os Aztecas já a consumiam. Por se tratar de um alimento rico e por se expandir ao contacto com a água do corpo, o seu consumo confere uma sensação de saciedade que inibe a fome.
O seu cultivo é adequado para zonas áridas nas quais a salinidade da água a torna inapta para o seu emprego agrícola tradicional. Logo o seu principal emprego é na alimentação, em forma de pílulas ou tabletes de Spirolina prensada.
Contém um elevado conteúdo proteico de alto valor biológico, por volta de 65% a 70% do seu peso seco. Tem todos os aminoácidos essenciais mas também a sua disponibilidade é muito alta. Hidrato de carbono tem entre 8 e 14% principalmente na forma de polissacarídeos dos quais os monómeros principais são glucose, galactose, manose e ribose. Aproximadamente 6% são lípidos. Ácidos nucleicos ou o baixo conteúdo do mesmo, faz desta alga um produto idóneo para suplementação em pacientes com antecedentes ou predisposição à Gota.
Entre os pigmentos que compõem a spirolina verifica-se a presença de ficocianina com 20% do seu peso seco e dos carotenóides com 0,37%. Contém vários ácidos graxos sendo o gama-linolênico o que mais se destaca contendo 20 a 25% dos lípidos presentes na mesma (Henrikson, 1995). Esta alga também contém biotina, ácido fólico, inositol, as vitaminas do complexo B, além do ácido pantotênico e da vitamina E. O cálcio, fosforo, magnésio, ferro, zinco, o cobre, o cromo, manganês, sódio e o potássio são os minerais presentes.
A Spirolina e os seus componentes possuem uma diversidade de actividades nutricionais e terapêuticas que fazem dela, além de um excelente suplemento alimentar, uma fonte potencial para emprego na prevenção e no tratamento de várias enfermidades. Desta forma, constitui uma alternativa eficiente para o desenvolvimento de produtos nutracêuticos, os quais podem reduzir os efeitos colaterais originados pelos medicamentos usuais.
Claro está que convém ter a supervisão de um profissional de saúde que o aconselhe na dosagem certa desta alga azul verde.

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